28 outubro, 2010

Distorção: "Força Feminina"

Trabalho apresentado ao SENAC-PR como avaliação em Curso de Pós Graduação

Inspiração: Tarcila do Amaral – Antropofagia, 1929; E Salvador Dali – Homem Feto, 1943.
Descrição: Através da união de quatro corpos femininos se forma uma base sustentadora na qual se apóia o globo terrestre. As pernas estão dispostas de maneira a lembrar os cinco dedos de uma mão. A intenção é demonstrar a importância da mulher para humanidade e para a sustentação da vida. Os corpos sem cores servem para ressaltar a igualdade entre todas as raças. Enquanto as cores transmitem a idéia de vida, esperança e alegria. A distorção das formas produziu corpos com pernas alongadas e quadris amplos, enquanto as cabeças e membros superiores são menores e possuem menos detalhes e definição. E para reproduzir a idéia da mão na união do grupo as mulheres estão representadas invertidas de cabeça para baixo, contrariando a naturalidade.
Reflexões: A idéia principal desta obra é elevar a força feminina e sua importancia na sociedade. Mas ao mesmo tempo as formas distorcidas com amplos quadris, corpos nús e rostos ireconheciveis nos leva a reflexão sobre a imagem distorcida que a nossa sociedade tem das mulheres. Onde se é valorizado o exterior. E a mídia impoem padrões e esteriótipos de beleza, que é comercializado na reconstrução de corpos milimétricamente moldados pelo bisturi e pelo cilicone.

Profusão: "Mona Profusa"

Trabalho apresentado ao SENAC-PR como avaliação em Curso de Pós Graduação
Inspiração: Mira Schandel – Série Objetos Gráficos, 1972; Claude Monet – The Walk, Lady with a Parasol, 1875; E Leonardo Da Vinci – Mona Lisa (Mona Lisa Del Giocondo), 1503.
Descrição: Através do acumulo de letras, números e símbolos gráficos, de diversos tamanhos e tipologias, agrupados aleatoriamente, formou-se uma figura que reporta a lembrança de seus observadores, a outra imagem famosa no meio artístico que é a Mona Lisa de Da Vinci. A sobriedade desta figura fica por conta da escolha das cores nela trabalhada com o fundo branco e os objetos gráficos em preto e alguns tons de cinza. Como nas obras de Monet, de perto são apenas símbolos gráficos amontoados uns sobre os outros, e de longe reportam a imagem da Mona Lisa.
Reflexões: A poluição visual leva os indíviduos a procurarem formas simplificadas de leitura de fácil compreenção. Essa obra é uma crítica a essa preguiça intelectual da nossa sociedade. Por isso se propoem a oferecer essa leitura simplificada pela percepção instantanea da figura da “Mona Lisa”. Porem a sua contrução através do agrupamento de vários simbolos gráficos necessita de maior atenção para que sejam reconhecidos e “lidos” cada um na sua individualidade. E para demonstrar a falta de preparo da maioria das pessoas na compreenção e na reflexão de leituras mais complexas, a união dos simbolos não gera palavra alguma e assim não tem significado algum.

Movimento: "Capsula da Vida"

Trabalho apresentado ao SENAC-PR como avaliação em Curso de Pós Graduação
Inspiração: Marcel Duchamp - Bicycle Wheel, 1913.
Descrição: Deslocar uma capsula de bala de arma da função de carregar a morte para a função de levar a vida. Para isso foi colocado uma pequena mudinha de planta numa capsula de bala calibre 45. A composição foi fotografada de vários ângulos para evidenciar a capsula como suporte da planta. As fotografias foram tiradas com pouca iluminação para dar idéia de precariedade e ressaltar a fragilidade da vida. Posteriormente foi editado cinco destas fotografias em um painel único.
Reflexões: Alem de modificar a função da capsula o trabalho tambem alterou seu significado. Pois provocou diversas interpetrações, como: Ecológica, numa reflexão sobre o futuro do meio ambiente; Paz, numa reflexão sobre o fim da violência nas cidades e sobre tudo no campo pela presença da plantinha; Ironica, numa reflexão “A Esperança é a ultima que morre”. Entre outras.